quarta-feira, 8 de maio de 2013

NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO

Entenda porque a Neurociência é uma ciência indispensável para o Habitue-se.

"Algumas ações no processo de ensino facilitam a absorção pelo aluno", afirma Aguilar Pinheiro.

A metodologia utilizada pelos sistemas convencionais de Ensino tem sido focada apenas no ato de enviar a mensagem aos aprendizes, e não em como fazer isso. A mensagem, dentro do processo de aprendizagem, deve ser vista como pacotes cognitivos, ou seja, cada pessoa tem uma maneira exclusiva de aprender. Essa formação envolve preferências sensoriais que, ao serem identificadas pelo Professor, podem se tornar uma das mais avançadas metodologias de Ensino. Ela tem sido grande aliada nessa transmissão de conhecimento.

imagem: educadorafabianne.blogspot.com
A neurociência é o estudo do sistema nervoso (SN), bem como seu desenvolvimento, funcionamento, estrutura e sua relação com o comportamento humano. O cérebro apenas com dados elementares para a sobrevivência é como um computador ao sair da fábrica, somente com as conexões básicas. Os demais "programas" serão adicionados por meio da interação do indivíduo com o ambiente. Esse processo é crucial na fase do desenvolvimento, que se inicia no pré-natal e vai até os seis anos de idade. Contudo, esse desenvolvimento é constante, reduzindo apenas a velocidade e a amplitude.

O que define o cérebro de um indivíduo são suas experiências de vida. Quanto mais rica a mente for, mais funcional será o cérebro. Exposições a estímulos criam possibilidades de conexão neurológica refletindo nos comportamentos e nas habilidades do indivíduo, incluindo seu equilíbrio emocional. O cérebro consome aproximadamente 25% da energia de um indivíduo e é autorregulável. Entre manter a atenção numa aula e economizar energia para outras funções biológicas, ele escolherá a segunda opção. Outra característica cerebral é eliminar estímulos repetitivos, portanto, Professores com vozes constantes e aulas com o mesmo formato e sistema tendem a ser "eliminados".

Essa reação não acontece pela vontade dos Alunos, mas sim por mecanismo de defesa do cérebro pelo processo de habituação. Os sentidos de uma turma de 20 ou mais Alunos podem ser estimulados de formas diferentes para contemplar todos os tipos de aprendizado. Cada sentido envia mensagens (pacotes cognitivos) para áreas especializadas do cérebro e gera um impacto significativo na formação das memórias. Algumas ações no processo de Educação podem ser motivadoras para facilitar a aprendizagem. Uma quebra de estado com pausas de um a três minutos a cada 50 minutos de aula para realização de outra atividade, como alongamentos, dança e brincadeiras, recarrega a energia corporal e predispõe o cérebro ao estado de aprendizagem.
Outro aspecto importante no ato de enviar informações é a linguagem utilizada pelo Professor. Palavras abstratas não produzem experiências internas e dificultam o aprendizado. Usar o corpo, os gestos, a voz e dispor de suportes didáticos como jogos, vídeos, ilustrações e outras práticas amplifica a capacidade de aproveitamento da proposta de Ensino.

A neurociência ressalta que se forem consideradas todas essas características no processo de Ensino será viável incrementar e reforçar o aprendizado. A atualização do processo deve ser considerada pelos Educadores, deixando de lado somente a preocupação em repassar determinados conteúdos. É preciso ter consciência de que ao mudar a maneira de aplicar o Ensino, de modo que todos os sentidos sejam estimulados e respeitando o processo de aprendizado de cada Aluno, será possível potencializar o aprendizado coletivo.

Fonte: Estado de Minas (MG)

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